O DESAFIO

O acesso a informações sobre saúde sexual e reprodutiva ainda é algo muito precário em nosso país. Além disso, muitas vezes é negado às meninas e mulheres o acesso a serviços de saúde de qualidade e acolhedores, o que as coloca em situação de ainda maior vulnerabilidade.


Cerca de 2,8 milhões de nascimentos acontecem no Brasil todos os anos. Desses, mais de 55% são provenientes de gestações não planejadas. Este é um indicador da necessidade um sistema que olhe mais para a prevenção, com educação sexual e distribuição de contraceptivos.

O Brasil é um dos ambientes mais legalmente restritos para o aborto no mundo. O aborto é um crime no Brasil com apenas três exceções legais: risco para a vida da mulher, casos de estupro, ou anencefalia fetal. No entanto, o estigma, a discriminação, a recusa em prestar assistência e a falta de conhecimento das leis entre os profissionais de saúde resultam em muitas mulheres que não recebem atendimento, mesmo em situações legalmente permitidas.

Apesar do contexto restrito, centenas de milhares de mulheres fazem abortos clandestinos todos os anos. Muitas dessas mulheres recorrem a práticas inseguras, arriscando doenças, invalidez e morte.

Aproximadamente 250.000 mulheres são hospitalizadas por ano e a cada 2 dias uma mulher morre devido a complicações decorrentes do aborto inseguro no Brasil.